Fonte: Revista duas rodas
Já se foi o tempo em que realizar o sonho de ter uma motocicleta aventureira capaz de levar peso extra e manter boa velocidade de cruzeiro na estrada significava ter de juntar dinheiro suficiente para comprar uma 600. Caso contrário, a alternativa era contentar-se com um modelo de 20 e poucos cavalos equipado com acessórios (para-brisa, protetores de mãos, malas…). Com o lançamento da Kawasaki Versys-X 300, começam a chegar ao país modelos intermediários, assim como já existem entre as nakeds, aliás derivados destas plataformas.
novo chassi tubular de aço é diferente daquele usado na Z300 e na Ninja, as suspensões têm maior curso e os aros de alumínio DID são raiados, com 19 polegadas na dianteira. Isso diferencia a Versys 300 de suas variações 650 e 1000, crossovers para uso em asfalto com rodas de liga de 17”. A vocação da 300 para uso misto também é reforçada pelos pneus que a equipam no país como parte do pacote de nacionalização em Manaus (AM), os Pirelli MT60 de sulcos generosos já bem conhecidos dos brasileiros desde a década de 1990.
Em comparação com o restante da família 300 as mudanças mecânicas fundamentais na Versys estão no maior ângulo de cáster com garfo de 41 mm de diâmetro em vez de 37 mm, nos cursos de suspensão de 130 mm e 148 mm no lugar de 120 mm e 132 mm (portanto uma elevação não tão grande para uso fora de estrada, enquanto outros modelos ultrapassam facilmente 200 mm) e na relação de transmissão final encurtada. O motor é o mesmo de 2 cilindros e 296cc que entrega melhor rendimento em altas rotações (40 cv a 11.500 rpm e 2,6 kgf.m a 10.000 rpm).
A posição de pilotagem e o espaço disponível no banco também mudam radicalmente em relação às 300 irmãs. Como se espera de uma trail as pedaleiras foram instaladas à frente, o assento é mais comprido e largo (principalmente na parte traseira) e o guidão largo e montado em suportes elevados resulta em posição do tronco do piloto ereta, mais confortável. O para-brisa cumpre bem a função de impedir vento contra o peito, deixando apenas o capacete desprotegido. A mesma função têm os protetores de mãos na versão Tourer, que não possuem alma de metal ou mesmo um reforço de plástico rígido fixado às extremidades do guidão para também protegerem de impactos. As malas laterais adicionam bastante à aparência de pequena big trail, mas totalmente de plástico, inclusive nas dobradiças.
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