Viagem de moto para Minas Gerais e Santa Catarina

Uma viagem de Minas Gerais a Santa Catarina é diversão garantida. Ainda mais, quando encontramos fiéis companheiros de aventuras pelo caminho
Fonte: Moto Adventure

Foto: kawasakijogjacommunity

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Alexandre Guimarães, de Belo Horizonte (MG), é aquele tipo de motociclista que está sempre em busca de alguma expedição: ele já rodou pelo Jalapão, Transamazônica, Chapada dos Veadeiros e uma série de outros lugares bacanas. Recentemente, o aventureiro deixou a capital mineira para trás e seguiu rumo ao sul do país, atrás das famosas curvas das serras catarinenses. Confira o relato de Alexandre sobre uma viagem muito divertida, que também contou com a “coparticipação” de amigos de longa data.

ESTRADAS

Em uma sexta-feira à tarde, deixei Belo Horizonte (MG) e segui rumo a Camanducaia (MG), onde pernoitei. No dia seguinte, segui para Caieras, em São Paulo, para visitar meu companheiro da viagem do ano anterior, pela Transamazônica: José Eugênio. No domingo de manhã, segui para Curitiba (PR), fiquei na casa de outro amigo, Márcio Camargo, e aproveitei para trocar meu pneu traseiro por um Mittas 07, na Motoriders, onde fui muito bem atendido. Parti, então, para Morretes (PR), passando pela Estrada da Graciosa (PR 410) – que lugar maravilhoso! Sem dúvida, um dos mais belos por onde passei. Ali, ainda na Rodovia BR 101, consegue-se avistar o Portal da Estrada da Graciosa. Depois, vai-se descendo no sentido do nível do mar. Surgem várias curvas, com pequenas orquídeas margeando todo o trajeto, além de alguns mirantes e paradas para banhos.

AVENTURA

Ao fim do percurso, cheguei a Morretes. No dia seguinte, acordei cedo, fiz uma mochila improvisada com a mala que levava na moto, coloquei alguns elásticos como alça, fiz um lanche de trilha e fui à portaria do Parque Estadual Pico do Marumbi, através de uma estrada margeando um riacho, com pedras soltas e alguns trechos técnicos e escorregadios. Cheguei à portaria do parque e fui orientado a visitar o pico Abrolhos, através de uma caminhada pesada de aproximadamente duas horas e meia. Já que tenho experiência, resolvi encarar o trecho sozinho, pois era uma terça-feira e não havia nenhum montanhista no parque. Inicialmente passei por uma trilha bem demarcada, mais muito difícil, que subia o tempo todo. Passei por trechos com escadas de metal encravadas na rocha vertical, nos quais uma queda seria fatal. Também encarei trechos com correntes e cordas, mas consegui chegar quase no topo. O tempo já estava fechado e comecei a me preocupar com o fato de estar sozinho, ali. Então, dei meia-volta e retornei à portaria do parque.

MAIS AO SUL…

No quarto dia de viagem, segui para Joinville (SC), passando perto de Paranaguá (PR) e pegando uma balsa para Garuva, já em Santa Catarina. Ali, visitei outro amigo de aventuras, Luis Carlos, que cruzou a Transamazônica comigo. Luis me levou para conhecer a estrada da Dona Francisca e tomar café em uma cidade do Vale Europeu. Também visitei a casa do motociclista Rigon Khoch e, com ele, peguei o DVD “Tri Partido” – que mostra suas aventuras pelos recantos da Bolívia e do Peru.

Segui viagem para Balneário Camboriu (SC), onde me hospedei na casa de Cláudio Teixeira, outro companheiro daquela viagem pela Transamazônica. De lá, fomos visitar Blumenau. Depois, segui para a Praia do Estaleiro e continuei rumo ao sul. Segui com destino a Criciúma, para visitar Marco Damázio, que prosseguiria comigo para a Serra do Rio do Rastro.

SERRA DO RIO DO RASTRO

Fomos para Orleans e aproveitei para trocar o óleo da moto. Dali, seguimos viagem para a tão esperada Serra do Rio do Rastro, trecho de 12 km com 250 curvas e vários mirantes. Chegamos ao mirante principal e, além da bela paisagem, avistamos os famosos quatis da região.

Nos deslocamos, então, até o restaurante Tropeiro, churrascaria no meio da serra catarinense, onde provei a famosa carne de ovelha. Naquele momento, começou uma chuva fortíssima e ficamos presos no restaurante, por quase duas horas. Por fim, Marco retornou à sua casa e segui viagem para Urubici (SC).

URUBICI

Achei mágica a pequena Urubici. O visual, na parte de cima da cidade, é lindo. O município surge ao fundo de um vale. Aproveitei para conhecer o Morro da Igreja e a Pedra Furada, onde foi registrada a temperatura mais baixa do país: 17,8 graus negativos. Terminei aquele dia fazendo uma visita à Serra do Corvo Branco. De volta a Urubici, me hospedei na Pousado das Flores, de Marco Zilli – também motociclista experiente –, onde saboreei um incrível risoto com picanha.

VOLTA

No dia seguinte, comecei a viagem de volta a Belo Horizonte (MG).

Passei pelo Vale Europeu e Estaleiro, através de um trecho de estrada maravilhoso, percorrendo fazendas e plantações de pinha. Dormi na Praia do Estaleiro e segui para o Paraná. Vencida a última etapa da jornada, regressei a Minas Gerais, concluindo outra viagem memorável pelo país.

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